Viver despenteada

Hoje aprendi que é preciso deixar que a vida te despenteie, por isso decidi aproveitar a vida com mais intensidade…

O mundo é louco, definitivamente louco…
O que é gostoso, engorda. O que é lindo, custa caro.
O sol que ilumina o teu rosto enruga.
E o que é realmente bom dessa vida, despenteia…
- Fazer amor, despenteia.
- Rir às gargalhadas, despenteia.
- Viajar, voar, correr, entrar no mar, despenteia.
- Tirar a roupa, despenteia.
- Beijar a pessoa amada, despenteia.
- Brincar, despenteia.
- Cantar até ficar sem ar, despenteia.
- Dançar até duvidar se foi boa ideia colocar aqueles saltos gigantes essa noite, deixa seu cabelo irreconhecível…

Então, como sempre, cada vez que nos vejamos eu vou estar com o cabelo bagunçado…mas pode ter certeza que estarei passando pelo momento mais feliz da minha vida.

É a lei da vida: sempre vai estar mais despenteada a mulher que decide ir no primeiro carrinho da montanha russa do que aquela que decide não subir

Pode ser que me sinta tentada a ser uma mulher impecável, toda arrumada por dentro e por fora???
O aviso de páginas amarelas deste mundo exige boa presença:

Arrume o cabelo, coloque, tire, compre, corra, emagreça, coma coisas saudáveis, caminhe direito, fique séria…e talvez deveria seguir as instruções, mas quando vão me dar a ordem de ser feliz?
Por acaso não se dão conta que para ficar bonita eu tenho que me sentir bonita?
A pessoa mais bonita que posso ser?

O único que realmente importa é que ao me olhar no espelho, eu veja a mulher que devo ser.

Por isso, minha recomendação a todas as mulheres:

Entregue-se, coma coisas gostosas, beije, abrace, dance, apaixone-se, relaxe, viaje, pule, durma tarde, acorde cedo, corra, voe, cante, arrume-se para ficar linda, arrume-se para ficar confortável, admire a paisagem, aproveite, e acima de tudo, deixa a vida te despentear!!!

O pior que pode passar é que, rindo frente ao espelho, você precise se pentear de novo...
por e-mail

2 comentários:

  1. Trecho de "Instantes" do escritor argentino Jorge Luiz Borges, falecido em 1987.

    Eu era um desses que nunca ia a parte alguma sem um termômetro, uma bolsa de água quente, um guarda-chuva e um pára quedas; se voltasse a viver, viajaria mais leve.

    Se eu pudesse voltar a viver, começaria a andar descalço no começo da primavera e continuaria assim até o fim do outono.

    Daria mais voltas na minha rua. comtemplaria mais amanheceres e brincaria com mais crianças, se tivesse outra vez uma vida pela frente.

    Mas, já viram, tenho 85 anos e sei que estou morrendo.

    ResponderExcluir

Seu comentário é sempre bem vindo.
Use sua conta do OpenID ou Google.
Todos os comentários são moderados previamente.
Muito obrigada.

Blog Widget by LinkWithin