Por que os idosos caem tanto?

­Queda é, na maior parte das vezes, quando uma pessoa faz um movimento não intencional com perda de equilíbrio que não consegue ser corrigido. É mais comum nos idosos e geralmente é conseqüência de vários problemas mais comuns nessa faixa etária. São causa de morbidade e mortalidade freqüentes. Quem já não ouviu a história de uma pessoa idosa que escorregou na própria casa e teve fratura do fêmur?

Grande parte dos idosos tem pelo menos um episódio de queda por ano, às vezes com conseqüências graves como internação e morte.

Por exemplo, por causa da fratura de fêmur muitos idosos são submetidos à cirurgia e ficam acamados por um tempo. No idoso acamado, o risco de uma trombose nas veias das pernas é muito grande.


Na trombose, forma-se um coágulo nas veias das pernas. Parte desses coágulos pode se soltar e caminhar pela circulação venosa até o lado direito do coração passando pelo átrio direito, o ventrículo direito e atingindo a artéria pulmonar. No pulmão, as artérias vão diminuindo de tamanho até os vasos muito pequenos, que o coágulo que veio da perna obstrui. Aí, nessa parte do pulmão, o sangue venoso não poderá mais se oxigenar. Esse problema recebe o nome de embolia de pulmão e vem de êmbolo que é o nome que se dá ao pequeno pedaço de coágulo que se despregou do trombo na perna. Quando muitos desses trombos atingem o pulmão, o idoso perde a capacidade de oxigenar o sangue de forma adequada e pode morrer.

Quanto mais velho, maior a chance de cair. Alguns idosos apresentam episódios recorrentes de queda. Assim em um idoso que cai, o risco de cair novamente nos seis meses seguintes chega a 67%. As quedas são freqüentes nos idosos do sexo feminino e masculino com um predomínio entre as mulheres quando comparadas aos homens de mesma idade.

A freqüência de quedas, no entanto, não se altera de acordo com o nível socioeconômico acometendo pobres e ricos da mesma maneira. O idoso doente apresenta um risco maior de cair, por isso, há necessidade de cuidados especiais quando o idoso fica doente ou está se recuperando de alguma cirurgia.

Alguns estudos mostram que 32% dos idosos com 65-74 anos, 35% dos idosos de 75-84 anos e mais de 50% dos idosos com mais de 85 anos caem pelo menos uma vez por ano. No Brasil, as quedas são a sexta causa de morte entre os idosos. Em termos de mortalidade proporcional, as quedas que eram responsáveis por 3% das mortes em 1984 passaram a se responsabilizar por 4,5% das mortes em 1994. As quedas são responsáveis por 70% das mortes acidentais em idosos com mais de 75 anos e estão envolvidas em 12% das mortes em idosos.

Aproximadamente
5% das quedas levam algum tipo de fratura, 5% a 10% são lesões graves que precisam de assistência médica. Entre as fraturas, 1% é de fraturas de quadril. A incidência de fratura de fêmur proximal em idosos é de 90/10 mil em mulheres e 25,5/10 mil em homens por ano. Dos pacientes acima dos 75 anos que fraturam o fêmur, 25% morrem após seis meses. Entre os que sobrevivem, aproximadamente um terço apresentará perda funcional, piorando a qualidade de vida.

O idoso que cai várias vezes acaba limitando sua vida por medo de cair. Isso leva a um círculo vicioso de incapacidade e medo que faz com que o idoso acabe perdendo parte da sua independência. A síndrome da imobilidade é quando o idoso deixa de andar por medo de cair restringido sua vida, ficando totalmente sedentários. É um dos problemas a serem evitados no idoso com antecedente de quedas.


­Para prevenir quedas


Cuidados em casa:

Muitas vezes são necessárias adaptações para evitar acidentes em casas de idosos.
Elimine os perigos da residência como:

Ambientes com pouca luminosidade

Tapetes que escorregam

Fios de telefone ou eletricidade soltos

Desorganização: objetos, brinquedos espalhados pelo chão


Acrescente medidas de segurança como:

Barras de apoio no banheiro, no box

Iluminação noturna (abajur ao lado da cama, corredor)

Capachos não deslizantes


Cuidados do próprio idoso:


Usar sapatos com solado de borracha, antiderrapantes, não flexíveis e sem saltos;

Caminhar sem pressa especialmente em lugares desconhecidos;

Não tomar bebidas alcoólicas;

Informar ao médico e enfermeira se você tiver tonturas, problemas de visão ou de equilíbrio;

Fazer avaliação periódica de visão;

Não usar medicamentos sem autorização médica;

Fazer atividade física moderada e regular, com orientação médica.

por Isabela Benseñor

2 comentários:

  1. Hj estou sonolento... acho que é um reflexo do organismo pelos últimos dias de férias...

    Interessante saber sobre isso...

    Um grande abraço...

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  2. Ola´
    Gostei da informação.Temos de nos cuidar desde jovens para não cairmos tanto...
    beijo
    teresinha

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