Mitos folclóricos brasileiro

Podemos definir o folclore como um conjunto de mitos e lendas que as pessoas passam de geração para geração. Muitos nascem da pura imaginação das pessoas, principalmente dos moradores das regiões do interior do Brasil. Muitas destas histórias foram criadas para passar mensagens importantes ou apenas para assustar as pessoas.

O folclore pode ser dividido em lendas e mitos. Muitos deles deram origem à festas populares, que ocorrem pelos quatro cantos do país.

As lendas são estórias contadas por pessoas e transmitidas oralmente através dos tempos. Misturam fatos reais e históricos com acontecimentos que são frutos da fantasia. As lendas procuraram dar explicação a acontecimentos misteriosos ou sobrenaturais.

Os mitos são narrativas que possuem um forte componente simbólico. Como os povos da antiguidade não conseguiam explicar os fenômenos da natureza, através de explicações científicas, criavam mitos com este objetivo: dar sentido as coisas do mundo.

Os mitos também serviam como uma forma de passar conhecimentos e alertar as pessoas sobre perigos ou defeitos e qualidades do ser humano. Deuses, heróis e personagens sobrenaturais se misturam com fatos da realidade para dar sentido a vida e ao mundo.

É comemorado com eventos e festas, no dia 22 de Agosto, aqui no Brasil, o Dia do Folclore.


O Negrinho do Pastoreio é uma lenda do folclore brasileiro surgida no Rio Grande do Sul. De origem africana, esta lenda surgiu no século XIX, período em que ainda havia escravidão no Brasil. Esta lenda retrata muito bem a violência e injustiça impostas aos escravos.
A lenda
De acordo com a lenda, havia um menino negro escravo, de quatorze anos, que possuía a tarefa de cuidar do pasto e dos cavalos de um rico fazendeiro. Porém, num determinado dia, o menino voltou do trabalho e foi acusado pelo patrão de ter perdido um dos cavalos. O fazendeiro mandou açoitar o menino, que teve que voltar ao pasto para recuperar o cavalo. Após horas procurando, não conseguiu encontrar o tal cavalo. Ao retornar á fazenda foi novamente castigado pelo fazendeiro. Desta vez, o patrão, para aumentar o castigo. colocou o menino pelado dentro de um formigueiro. No dia seguinte, o patrão foi ver a situação do menino escravo e ficou surpreso. O garoto estava livre, sem nenhum ferimento e montado no cavalo baio que havia sumido. Conta a lenda que foi um milagre que salvou o menino, que foi transformado num anjo.
Objetos perdidos
O Negrinho do Pastoreio é considerado, por aqueles que acreditam na lenda, como o protetor das pessoas que perdem algo. De acordo com a crença, ao perder alguma coisa, basta pedir para o menino do pastoreio que ele ajuda a encontrar. Em retribuição, a pessoa deve acender uma vela ao menino ou comprar uma planta ou flor.



A lenda da Iara é de origem indígena, fato que faz com que o conto seja mais comum na região Norte do Brasil.
Segundo o mesmo, Iara era uma jovem índia guerreira muito forte e valente. Seu pai sempre a elogiava, fato que levou seus irmãos a ficarem com inveja. Certa vez, decidiram matar a moça enquanto dormia, todavia, como a índia possuía uma habilidade incrível, percebeu tudo e se viu obrigada a matar seus irmãos como forma de defesa.
Iara fugiu de casa com medo de seu pai, que mandou procurar a jovem índia por todos os lugares até a encontrar. Como castigo, ele a jogou no rio, mais especificamente entre o Rio Negro e o Solimões. Os peixes trouxeram a moça para a superfície, e na noite de lua cheia, a mesma se transformou em uma linda sereia de olhos verdes.
A partir daí, ao entardecer, Iara passou a banhar-se nos rios e a encantar os homens com sua beleza.
Através de suas canções, a índia consegue enfeitiçar os rapazes e levá-los para o fundo do rio. Quase sempre os homens morrem afogados. Quando voltam vivos, ficam loucos, sendo necessário um ritual do pajé da tribo para desfazer o encanto.


O Saci Pererê é um personagem mitológico criado pelos índios viventes na região sul do Brasil no fim do século XVIII. É um menino negro de uma perna só que permanece o tempo todo com um cachimbo na boca e um gorro vermelho na cabeça.
Existem hipóteses sobre a descrição desse personagem. Uma delas diz que o Saci é um menino endiabrado que bagunça tudo o que vê pela frente como azedar um leite, espantar o rebanho, quebrar agulhas, queimar a comida, esconder objetos, atropelar as galinhas e gorar os ovos das mesmas, além de muito mais. Outra estória contada sobre o Saci é que ele é o guardião das ervas medicinais.
Morando na mata, o Saci cultiva suas plantas sagradas e as utiliza para fazer remédios curativos, mas tais plantas só podem ser colhidas com a autorização dele porque senão ele confunde a mente de quem mexe nelas. Comemora-se no dia 31 de outubro o Dia do Saci para que seja resgatada a cultura brasileira.


A lenda do lobisomem é de origem européia e foi trazida para o Brasil através dos imigrantes. Segundo a mesma, quando uma mulher tem 7 filhas e por último, um filho, esse conseqüentemente será um lobisomem. Quando a criança nasce, é geralmente magra e pálida, no entanto suas orelhas são maiores que as das outras crianças.
Na noite da primeira sexta ou terça-feira após seu 13º aniversário, o garoto se transforma no monstro. Após isso, todas as noites destes dias da semana o menino é transformado em lobisomem e passa a açoitar os cachorros e a desligar todas as luzes que vê, além de uivar de forma aterrorizante. A transformação só acaba quando começa a amanhecer.
Para quebrar o encanto, é necessário que quando o homem estiver na forma de lobisomem, alguém bata bem forte em sua cabeça.


A mula-sem-cabeça é uma das principais lendas do folclore brasileiro. Originada da região da Península Ibérica, a lenda foi trazida por colonizadores portugueses e espanhóis para a América, por isso a lenda é presente também no folclore mexicano (Malora) e argentino (Mula Anima).
A lenda diz que toda mulher que tivesse pensamentos ou relações amorosas com um padre se tornaria uma mula-sem-cabeça. Esse monstro possuía a forma de uma mula marrom ou preta, sem a cabeça, soltando fogo na região de onde seria esse membro. Além disso, a mula-sem-cabeça tinha cascos de aço ou prata e um relincho que poderia ser ouvido a muitos metros de distância.
A mulher envolvida com um padre viraria uma mula-sem-cabeça à meia-noite de uma quinta-feira para uma sexta-feira. Segundo a lenda, o encanto só seria desfeito se alguém tirasse o freio de ferro que a mula sem cabeça carrega. Acredita-se que a lenda tenha surgido através da Igreja Católica, que queria passar a imagem do padre como uma pessoa santificada, além de reduzir os casos entre padres e mulheres.
Na verdade, a lenda da mula-sem-cabeça representa o medo dos homens da Igreja em relação ao poder feminino de sedução, criando assim, fantasias e assombrações para provocar um enorme receio tanto nas mulheres quanto nos próprios padres. Outra versão mais antiga da história diz que uma rainha tinha a mania de ir todos os dias ao cemitério. Certa vez, o rei seguiu secretamente sua esposa e então se deparou com ela comendo o cadáver de uma criança. Imediatamente o rei soltou um grito, a rainha viu e soltou um grito maior ainda, se transformando em mula-sem-cabeça.
A lenda da mula-sem-cabeça é bastante popular principalmente no sertão nordestino e no interior da região Sudeste.


A lenda do boto cor-de-rosa, por possuir um caráter indígena, é muito popular na região Norte do Brasil.
Segundo ela, ao anoitecer o boto cor-de-rosa, um famoso mamífero aquático da Amazônia, se transforma em um belo rapaz, de boa estatura e bem vestido, saindo em busca de uma mulher para namorar. O boto sempre usa um chapéu, justamente para esconder os orifícios que o caracterizam como peixe. Usando de sua grande habilidade como dançarino, o boto sempre flerta uma mulher, então, os dois saem para namorar.
Após o passar do tempo, o boto abandona a mulher e retorna para o rio, pois quando amanhece o galante rapaz volta a sua forma de peixe. Após certo tempo, as mulheres descobrem que ficaram grávidas do boto.
Por isso, sempre que uma mulher aparece grávida sem saber quem é o pai da criança, diz-se que ela ficou grávida do boto.


Sendo do folclore , o curupira é um ser sobrenatural que habita as florestas para proteger as plantas e os animais dos caçadores.
Geralmente o curupira é descrito como um menino de baixa estatura, cabelos ruivos e pés virados para trás, justamente para deixar pegadas ao contrário de seu caminho e enganar os caçadores. Algumas versões da história afirmam que o Curupira possui pêlos e dentes verdes ou é totalmente calvo. O curupira gosta de sentar debaixo das sombras para comer os frutos das árvores, no entanto, é extremamente rápido para se esconder, já que não gosta de ser visto por humanos.
Quando vai cair uma tempestade, o curupira percorre toda a floresta e vê as condições de cada árvore, se ele percebe que alguma está prestes a cair com a chuva, avisa todos os animais para não se aproximarem. Para assustar aquelas pessoas que caçam ou derrubam árvores de forma predatória, o curupira reproduz gritos, gemidos e sons de animais para fazer os caçadores se perderem na floresta. Em alguns casos, o curupira pode se encantar com uma criança e a levar embora junto consigo.
Quando a criança completa 7 anos, o curupira devolve a criança para seus pais, no entanto, ela não volta como era antes, pais desenvolve uma enorme paixão pela natureza. Quando o curupira encanta uma pessoa e a faz se perder na mata, o encantado deve parar de andar, pegar um cipó e fazer um novelo de uma forma muito difícil de desenrolar. Depois disso a pessoa deve jogar o novelo bem longe e gritar: “quero te ver achar a ponta”.
Segundo a lenda, o bicho não resiste ao desafio e fica tentando desenrolar o novelo de cipó, deixando o encantado livre para fugir da floresta.


Segundo a lenda, a Cuca é uma velha com formas de jacaré e dedos de gavião que rouba as crianças que desobedecem a seus pais. O monstro é um dos principais elementos do folclore brasileiro, principalmente por causa da obra “Sítio do Pica-pau Amarelo”, de Monteiro Lobato, onde a Cuca é o principal vilão das histórias.
A lenda brasileira é uma variação da lenda portuguesa “Coca”, uma variação da história trazida na época da colonização do Brasil. O bicho dorme uma noite a cada 7 anos, e quando fica brava dá um berro que dá pra ouvir à 10 léguas de distância.
Pelo fato da Cuca praticamente não dormir, alguns adultos tentam amedrontar as crianças que resistem dormir, dizendo que se elas não dormirem, a Cuca iria pegá-las.


A palavra “boitatá” (bóia = cobra, atatá = fogo) é de origem indígena, são características principais do boitatá: uma grande cobra transparente com um fogo de cor azul-amarelado.
Segundo a lenda, o boitatá é um monstro que cintila as noites em que aparece deslizando nas campinas e na beira dos rios, podendo se transformar em uma tora em brasa com o fim de queimar aqueles que pretendem colocar fogo nas matas.
As pessoas que encontram com o boitatá ficam cegas, morrem ou ficam loucas. Por isso, segundo a lenda, toda pessoa que encontrar o monstro deve ficar parada, sem respirar e de olhos bem fechados.
Uma das explicações para o surgimento da lenda é o fogo-fátuo, que provoca a incidência de fenômenos luminosos resultantes da decomposição de matéria orgânica.
Fonte: pesquisa internet

9 comentários:

  1. Olá! Luka,
    Tem um selo pra você no meu blog.
    http://deboramartins.blogspot.com/2009/01/aprovadssimos-da-semana.html
    Um forte abraço,
    Débora Martins

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  2. Adoro qualquer tipo de história, principalmente os mitos com seus mistérios e seres maravilhosos. parabéns.

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  3. é legal suas lendas sabe.mas em que ano surgiu a lenda do
    boto cor de rosa do boi tata do curupira e de uns outro q estão ai?não tenho url por enquanto,só orkut deixa o recado lá se você quiser.é lulusarada_12@hotmail.com

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  4. achei bem interessante as lendas fiquei adimirada com esses encantos ja q moro no amazonas essas lendas sao bem irradiantes

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  5. Achei algumas coisas que queria mas nem tudo eu queria as seguintes coisas .Folclore (mitos, de onde surgiu o folclore , crenças e comidas.

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  6. Mas mesmo assim parabens por tudo !♥

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  7. gostei d++++++++ e ate meus colegas feliz 2011

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  8. achei bem interesante pois comenta sobre todos os elementos do folclore, me admirei com todas as lendas gostei muito de ler elas e reler muitas vezes .Parabéns por todas elas continuem assim escrevendo essas lendas folcloricas maravilhosas

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