- Não é a aparência menos jovem ou menos bela, mas sim o peso da inconformação com isso.
- Não é olhar para trás e ver que muito se perdeu por lá, mas deixar de notar o quanto se pode ganhar no "já".
- Não é ter alguns movimentos limitados por ela, mas sim não perceber que a vida continua em movimento contínuo e equilibrado para cada fase de si mesma.
- Não é ser rejeitado pelos mais jovens, mas sim esquecer das vantagens que a experiência e a vivência sempre trazem.
- Não é ser esquecido em convites para festinhas de "embalo", mas sim ignorar que é sempre tempo para se fazer da vida uma festa.
- Não é a tão frequente ausência de romantismo, mas sim a descrença no amor, que não escolhe tempo.
- Não é a frustração de ver-se excluído da chamada "moda jovem", mas a não percepção de que bom gosto nunca sai de moda.
- Não são os finais de semana diante da televisão, mas sim a recusa em reconhecer que há outras alternativas menos enfadonhas e repetitivas.
- Não é a crença de que o raciocínio torna-se mais lento, mas sim dar-se como incapaz para novos aprendizados e parar de exercitar a inteligência.
- Não é o dizer-se "realista", mas sim dar adeus aos sonhos ainda não realizados e desistir de sonhar.
Mas o grande e MAIOR preço que pode se pagar pela idade é desistir de si mesmo, crer que a Vida se acabou quando ela mal começou.
Silvia Schmidt
Belíssimo texto este, Luka!
ResponderExcluirA idade não deveria ser motivo de vergonha ou preocupação, mas infelizmente temos esse sentimento por causa do culto ao belo, que é mais importante do que a experiência como diz o texto.
Talvez o preço que pagamos pela idade venha de fora para dentro; pelo que os outros nos impõem e, acabamos frustados interiormente por não mais corresponder física e psicologicamente pelo que esperam de nós. Adorei esse post! Abçs!