Caixão ao gosto do torcedor

Parece piada, mas não é...srsrsr
Cogitar a própria morte é coisa que a maioria das pessoas evita.

Mas uma funerária de Bezerros(PE) encontrou uma forma curiosa de deixar a vida após a morte um pouco mais atraente.

Recostados às paredes da mortuária, os caixões obscuros, com cruzes cravadas na tampa, perdem espaço para os personalizados com escudos de clubes de futebol.

Já tem torcedor fanático fazendo encomenda.

Para os clientes, quando a escada da vida despencar, o negócio é levar junto o brasão do time que lhe trouxe tristezas e alegrias.
Para o dono da Funerária Souza, Venceslau Ferreira, 72 anos, mesmo quem não é dado a assuntos fúnebres aprovou a novidade, que virou um dos maiores comentários de Bezerros.

“O povo não quer morrer tão cedo, lógico, mas muitos curiosos já vieram me procurar. Eles acharam que ser enterrado com o símbolo e as cores do seu time é uma baita homenagem”, comenta.

O caixão é feito de madeira e duratex e custa em torno de R$ 1 mil.

Outros mais luxuosos devem chegar em breve.
Torcedores do Central, Porto, Sport, Náutico, Santa Cruz e de outros clubes do País já podem fazer pedido, independente da idade.

“O importante é que o falecido tenha a chance de estar com seu time do coração até o fim. Eu mesmo não quis perder tempo, já reservei o meu”, disse.
Rubro-negro doente, o motorista Fábio Carvalho, 33, acredita que a diversidade de produto na funerária é uma chance de jogar um pouco de luz ao fim da vida.

“Espero morrer só daqui a cem anos, mas já disse a seu Venceslau: Meu caixão vai ser um desses”, avisa. As piadinhas dos amigos sobre sua decisão prévia não incomodam Fábio.

“Não é para fazer graça, é para demonstrar minha paixão. Pelo Sport, tudo mesmo!”
O vendedor José Adilson da Cunha, 35, também se adiantou na homenagem: “Quando eu morrer, não vou poder levar as pessoas que amo, mas meu time, o Santa Cruz Futebol Clube, vai me acompanhar para sempre.

O escudo do meu santinha vai guardar meu coração e clarear a escuridão da minha morte.”
Fonte - JC
Publicado em 08.12.2008