Alunos de medicina invadem hospital em Londrina(PR)

O grupo de formandos foi comemorar o fim do treinamento em pronto-socorro.
A farra seguiu para o hospital: eles invadiram o local fazendo barulho e soltando rojões.

Quando o assunto é "um mau exemplo" de quem deveria dar "o bom exemplo", parece que o problema é nacional. Pacientes de um hospital de Londrina, no Paraná, ficaram assustados com a ação de um grupo de invasores.

O bar em frente ao hospital universitário é ponto de encontro dos estudantes de medicina da Universidade Estadual de Londrina. No dia 20 de novembro, um grupo de formandos foi comemorar o fim do treinamento em pronto-socorro, último estágio antes da residência médica.

Mas a farra continuou no hospital. As imagens do sistema de segurança mostram os alunos saindo do bar e entrando nos corredores. Uma mulher conta que estava internada à espera de uma cirurgia quando o grupo chegou, fazendo barulho e soltando rojões.

“Na hora em que eu vi aquele barulhão eu falei :’ai meu Deus, é briga, e o meu marido está para lá e vai receber um tiro também’”, lembra a mulher.

“Fizeram algazarra, gritarias, contagem regressiva de tempo, ofenderam a dignidade de alguns pacientes, dizendo que não teriam mais que tratar de determinados pacientes”, revela o reitor da universidade Wilmar Marçal.

A coordenadora do curso de medicina, Evelin Muraguchi, negou que os alunos estivessem bêbados mas admitiu excessos na comemoração.

”É uma infelicidade que no final eles venham extrapolar dessa maneira tão desmedida e tão inadequada”, aponta.

Dos 94 formandos, 14 foram identificados. São 13 rapazes e uma moça. Eles tiveram as notas suspensas e foram impedidos de participar da formatura , marcada para esta sexta-feira.

O reitor também determinou a abertura de processo administrativo para investigar o caso. A comissão responsável pelos trabalhos tem 90 dias para apresentar um relatório que pode resultar em simples advertência ou em expulsão dos alunos envolvidos.

“Acho que faltou maturidade dos alunos e um pouco de juízo para entender que uma instituição pública como essa tem que primar sim pelo exemplo, pela ética e pelo bom respeito ao paciente”, adverte o reitor.

A turma de medicina vai se formar em cerimônia separada dos demais estudantes da Universidade Estadual de Londrina, só com a presença dos pais e parentes. Antes, assistirão a uma palestra sobre ética profissional. Os alunos suspeitos da arruaça não quiseram gravar entrevista, mas informaram que devem recorrer da decisão da reitoria.
A reportagem é de Wilson Kirsche.
JN - 09/12/2008

8 comentários:

  1. Aff... cada coisa.. imagina o tipo de médico que irão ser... falta de respeito isso...

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  2. nada a ver, eles tem q comemorar mesmo, soltar rojão foi demais, mas um pouco d barulho normal, em muitos cursos acontecem isso...odontologia, medicina...
    Não teve nada demais, além do rojão...

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  3. Anômino, já pensou se alguém da sua família estivesse internada no hospital?. Que reação você teria?. Você aceitaria se essa pessoa da sua família tivesse alguma consequência por conta da balburdia que os estudantes fizeram?
    Não sou contra as boas comemorações, mas os estudantes passaram do limite!!.
    Educação, respeito ao próximo faz bem a saúde.
    Luka

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  4. Luka.....
    Concordo com tudo que vc disse, contando que as noticias veiculadas fossem totalmente verdade. Conheco alunos do atual 6ano da Uel que afirmaram que o que esta ocorrendo lá é uma verdadeira caça as bruxas pra desviar a atenção dos verdadeiros problemas do hospital. Parece que tem indiciado que nem estava lá no dia.
    Não justifica o barulho....mas será mesmo que alguém que estudou e se dedicou por 6 anos entreria bêbado e agredindo pctes só pra comemorar...acho que não faz sentido pra mim.....por mais anti-éticos que possam ser nenhum deles é burro ou não estaria na Uel.
    Só acho que devemos avaliar melhor o fato antes de massacrar toda uma turma publicamente.

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  5. Anônimo, você tem razão. Falamos por aquilo que a mídia passou e ficamos indignados com as atitudes dos estudantes.
    Seriam mesmo pessoas sem o menor respeito ao ser humano e por aquilo que estão defendendo na faculdade.
    Se tudo aquilo foi para desviar os verdadeiros problemas que existe no hospital, cabe aos estudantes mostrar a versão dos fatos.
    Luka

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  6. ANÔNIMO,

    Bem sei que o que é veiculado pela mídia, na grande maioria das vezes, não condiz com a profundidade e complexidade da suposta verdade.

    Mas você dizer que não há NADA demais (a não ser o rojão!!!!), no fato de estudantes de medicina entrarem em um hospital público, para COMEMORAR seja lá o que for, você tem problemas seríssimos de caráter.

    Pela sua débil justificativa, pela carência de humildade e excesso de soberba que reverberam de suas palavras, suponho que você é aluno de algum curso da área de biomédicas. Se não é, no mínimo tem uma crença bitolada nos conceitos de status social e na ciência e, por isso, acredita que "pessoas que estudaram durante 6 anos são incapazes de fazer tais coisas".

    Te digo que as pessoas, ao contrário do que seu preconceitoso senso de realidade diz, são capazes de atrocidades especialmente requintadas quando embuídas de poder. E o conhecimento científico, especialmente o médico, é um dos maiores contribuintes da arrogância humana e, consequentemente, de atitudes estúpidas e sem o menor respeito pelo próximo.

    Pessoas com uma visão muito parecida com a sua, fazem da medicina uma vergonha, uma ciência estéril, sem humanidade, que se esforça em conseguir resultados sem se dar conta que o ser humano é muito mais que um complexo emaranhado de músculos, ossos, reações químicas e impulsos nervoso.

    Pessoas e cientistas como você são as mesmas que batem palma ou fazem vista grossa para os avanços científicos conseguidos às custas de experiências no Holocasuto da 2ª Guerra e nos vergonhosos testes feitos nas populações miseráveis da África.

    Por tanto, se você é um médico ou vir a ser um, envergonhe-se, meu caro. A medicina tem uma extrema importância em nossas vidas, só que sujeitos como você, não tem muito respeito a isso.

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  7. Nunca devem ser formados medicos não tem capacidade nem respeito para exercer essa profissão...a UEL é uma universidade de nome se apoiar uma coisa dessas é o fim dessa univerdade que estará do lado desses vandalos...imagima ser atentidos por esse povo...ele não sabem o q é etica profissional não sabem o que ser médico..6 anos é mto pouco pra eles...usaram inteligencia pra passar no vestibular e esqueceram de continuar usando...fodam-se...não devem ser formadoss....é um absurdo...eu trabalho na area da saude é o fim issoo...

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  8. Se de fato não estavam embriagados, como afirma a coordenadora do curso, pior. Mais um agravante.
    Quanto a "lição de moral" a que foram submetidos, medida inócua e demagogica por parte da UEL. A questão é de caráter e de consciência.

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