Reforma ortográfica

História do acordo

O acordo ortográfico da língua portuguesa foi assinado em Lisboa em 1990 e deveria ter entrado em vigor em 1994, o que não se concretizou.
Em 1998, foi assinado em Cabo Verde um protocolo que modificava a data de vigência, que foi ratificado em 2002.
Sem que as mudanças se aplicassem, em 2004 foi assinado um novo protocolo modificativo, que previa a adesão do Timor Leste, independente desde 2002.
Este novo protocolo previa que as mudanças na ortografia entrariam em vigor a partir da assinatura de três países.
O acordo ortográfico já foi ratificado por Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Portugal, e, portanto, pode entrar em vigor. O processo de implementação em cada país pode variar.
Em Portugal, o acordo foi aprovado em maio e a nova ortografia deverá ser obrigatória dentro de seis anos.
As novas maneiras de escrever velhas palavras já estão reunidas no primeiro dicionário com as mudanças previstas no acordo ortográfico. Ele é volumoso, como a maioria dos dicionários, mas ninguém precisa se assustar. As alterações não são tantas, e haverá tempo para se acostumar com elas.
A nova ortografia deve entrar em vigor em janeiro do ano que vem e estará nos livros didáticos em 2010. Teremos três anos para assimilar a grafia das palavras. Um universo que está sempre em transformação, como prova o "caracter" de Macunaíma, grafado em 1926 com uma letra "c" extra.

O que muda na escrita

De acordo com especialistas, 0,45% das palavras brasileiras sofrerão alterações, ao passo que em Portugal haverá mudanças em 1,6% dos vocábulos.

As regras que mudam são as seguintes:

Novas letras – há a incorporação do "k", do "w" e do "y" ao alfabeto. O número de letras passa de 23 para 26.
Trema – deixa de existir. A grafia passa a ser: linguiça e frequente.
Acentos diferenciais – serão suprimidos acentos como o de “pára”, do verbo parar.
Acentos agudos de ditongos – somem os acentos de palavras como “idéia”, que vira “ideia”. Acento circunflexo – somem os acentos de “vôo” ou de “crêem”.
Hífen – palavras começadas por “r” ou “s” não levarão mais hífen, como em anti-semita (ficará “antissemita”) ou em contra-regra (ficará contrarregra).

Pontos em aberto
O acordo não define todos os usos de hífens, por exemplo. Assim, palavras como pé-de-cabra, ainda não têm o rumo certo e dependem da elaboração de um vocabulário pela Academia Brasileira de Letras e pelos órgãos dos outros sete países signatários.

3 comentários:

  1. Não sou a favor dessa reforma, agora olho na estante e vejo apenas livros desatualizados ortograficamente falando. Softwares, corretores ortográficos, todo trabalho feito terá que ser trocado. Fico pensando em como muitos escritores estão se sentindo com isso.

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  2. Acredito que será muito bom para o Brasil essa Reforma Ortográfica, afinal iremos nos unificar com os outros povos lusófonos e uma escreita padronizada será excelente para imprensa, intercâmbios, educação, etc.

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  3. Eu particularmente acho muito dificil este negócio de unificação, pelo que me consta os nossos "irmãos" portugueses não está la muito satisfeitos.

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